Policiais suspeitos de ligação com o PCC faziam escolta de autoridades de SP

Dois policiais militares investigados por supostamente manterem relações com o Primeiro Comando da Capital (PCC) atuavam na escolta de algumas das principais autoridades do estado de São Paulo, como o presidente do Tribunal de Justiça de São Paulo e o prefeito da capital paulista. A informação é do jornal Folha de S. Paulo. 

Dois PMs são investigados por supostamente manterem relações com o PCC

Um dos PMs suspeitos é um capitão que, até janeiro de 2024, integrava a Assessoria Policial Militar da Prefeitura de São Paulo, que tem a atribuição de cuidar da segurança do prefeito Ricardo Nunes (MDB).

Ele também integrou, entre março e junho de 2024, a equipe de segurança da cúpula do Ministério Público, participando da escolta do procurador-geral de Justiça, Paulo Sérgio de Oliveira e Costa.

Outro investigado é um soldado que estava lotado na Assessoria Policial Militar do Tribunal de Justiça de São Paulo e, segundo o jornal, integrava o Corpo de Segurança Pessoal e Física (Cosepe) do presidente do TJ-SP, Fernando Torres Garcia.

O soldado foi preso após participar da escolta pessoal do empresário Antônio Vinícius Gritzbach, delator do PCC que foi assassinado no aeroporto internacional de Guarulhos, em novembro do ano passado. 

Outro lado

O MP de São Paulo confirmou a informação de que o capitão atuou como segurança do procurador-geral de Justiça de São Paulo.

O gabinete do prefeito de São Paulo também confirmou que o policial trabalhou na Assessoria Policial Militar da Prefeitura, de junho de 2024 a janeiro de 2025. 

Por fim, o Tribunal de Justiça de São Paulo afirmou que o soldado atuava na equipe da assessoria da PM, mas informou que ele não participou da escolta do presidente por ainda estar em período de estágio.