Para Cármen Lúcia, Justiça Eleitoral tem de estar atenta às inovações tecnológicas
3 de fevereiro de 2025, 21h07
A Justiça Eleitoral, além de garantir tudo o que seja necessário para o exercício do livre direito ao voto, deve se manter atenta e cuidadosa para que as inovações tecnológicas não se tornem manifestações manipuladas por ódios e violência política.
Essa mensagem foi transmitida na noite desta terça-feira (3/2) pela ministra Cármen Lúcia, presidente do Tribunal Superior Eleitoral, na sessão solene de abertura do ano judiciário.
Ela observou que a democracia não é função exclusiva de uma pessoa ou instituição, mas um esforço comungado. E disse que cada inovação deve ser objeto de cuidado pela repercussão que pode ter sobre a liberdade de se informar, convencer-se e votar.
“Há de se garantir liberdade com informação correta para que sua expressão seja a manifestação de liberdade, não de exposição manipulada de ódios e violências”, disse a presidente do TSE.
A ministra acrescentou que as máquinas tecnológicas ajudam e interferem cada vez mais na vida cotidiana, mas podem promover desumanidades, “como vem sendo praticado tantas vezes”. E alertou que é preciso impedir que elas façam prosperar violência, agressão e medo.
Em seu discurso, Cármen lembrou ainda que o objetivo da Justiça é a paz social e que os que atuam pela conflituosidade comprometem as liberdades. “Cabe à magistratura desempenhar o dever de ser uma barreira contra o estado de guerra entre cidadãos, para beneficiar os interessados em cercear o direito de se informar e concluir o que cada um deseja para si e para o país.”
Sessão solene
A cerimônia, promovida na sede do TSE, em Brasília, contou com a presença do presidente do Supremo Tribunal Federal e do Conselho Nacional de Justiça, ministro Luís Roberto Barroso; do vice-presidente da República, Geraldo Alckmin; e dos presidentes do Senado, Davi Alcolumbre, e da Câmara dos Deputados, Hugo Motta.
Também discursaram o presidente do Conselho Federal da OAB, Beto Simonetti, que reforçou o compromisso da advocacia com a defesa da democracia, e o procurador-geral da República, Paulo Gonet.
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