Eduardo Paes chama Bretas de 'delinquente' e diz que Moro viabilizou golpismo no Brasil
23 de novembro de 2024, 11h45
Em bate-boca na rede social X, o prefeito do Rio de Janeiro, Eduardo Paes (PSD) chamou o juiz federal Marcelo Bretas e o ex-juiz federal e senador Sérgio Moro (União Brasil-PR) de delinquentes, com referência a atuação de ambos na finada “lava jato”.
A briga começou após Paes compartilhar uma postagem em que Bretas opina que um crime planejado e ajustado não pode ser punido se não chega a, pelo menos, ser tentado.
A referência é ao plano para matar o ministro do Supremo Tribunal Federal, Alexandre de Moraes, o presidente Lula e o vice, Geraldo Alckmin, revelado no relatório da Polícia Federal e que levou à prisão de militares e indiciamento do ex-presidente Jair Bolsonaro e outros 36.
Paes chamou Bretas de “delinquente”. Moro respondeu a postagem com “delinquentes eram os seus amigos que ele prendeu”. O prefeito do Rio então disse que os dois são um exemplo do que não deve ser o Judiciário.
Segundo Paes, Moro ainda foi mais longe na política depois de deixar o cargo de juiz federal por conta da eleição de Bolsonaro, enquanto Bretas era desprezado pelo ex-presidente e tentou fazer uso eleitoral das posições dele.
“Você é quem viabilizou a ruptura das instituições desse país com a sua politização da atividade de magistrado. Até hoje acho que você não percebeu o mal que fez ao país ao virar ministro do adversário do cara que você mandou prender sem provas”, disse Paes.
“Hoje se há impunidade é pq vc desacreditou a justiça. Eu tenho tranquilidade em relação a meus atos e minha trajetória política e não passo mão na cabeça de golpista e nem de delinquente nenhum. E reafirmo que seu lugar será o lixo da história!”, continuou.
Delinquente sendo delinquente! pic.twitter.com/cmvLGZnUKq
— Eduardo Paes (@eduardopaes) November 21, 2024
Legado
Bretas foi afastado da 7ª Vara Federal Criminal do Rio de Janeiro em fevereiro de 2023, por decisão do Conselho Nacional de Justiça. Ele é alvo de três reclamações disciplinares que tramitam em sigilo.
Um deles foi ajuizado pelo próprio Eduardo Paes, apontando a condução de um acordo de colaboração premiada baseado apenas em informações repassadas por terceiro, cujo intuito, segundo ele, era favorecer a candidatura de Wilson Witzel ao governo estadual em 2018.
Já Sérgio Moro segue senador da República, enquanto o legado de sua atuação na 13ª Vara Federal de Curitiba continua a ser desvendado, bem como as consequências — o período de atuação está sob análise do CNJ, após correição.
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