Livro reúne artigos sobre legado de Thomaz Bastos, criminalista e ex-ministro da Justiça
21 de novembro de 2024, 19h12
No próximo dia 28, às 18h30, na Faculdade de Direito da Universidade de São Paulo (FDUSP), será lançado o livro O Ministro que Mudou a Justiça, que reúne artigos sobre a vida pública do advogado criminalista Márcio Thomaz Bastos, ex-ministro da Justiça (de 2003 a 2007).
O lançamento terá um bate-papo e uma sessão de autógrafos com os organizadores da obra, todos amigos de Bastos: os criminalistas Pierpaolo Cruz Bottini, Sônia Ráo, Celso Vilardi e Maíra Salomi, o jornalista Mario Cesar Carvalho e o profissional de comunicação e marketing Tonico Galvão. O prefácio do livro é do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT).
Thomaz Bastos foi presidente da OAB Nacional entre 1987 e 1989. Ele participou da Assembleia Constituinte e, durante o primeiro mandato do presidente Lula, foi ministro da Justiça.
Na pasta, promoveu diversas reformas: fortaleceu a Polícia Federal, criou o Conselho Nacional de Justiça, elaborou leis e normas de combate à lavagem de dinheiro, articulou acordos de cooperação internacional contra o crime transnacional, mudou a política de defesa da concorrência e homologou a Terra Indígena Raposa Serra do Sol, em Roraima, uma das maiores reservas indígenas do país.
“Sua visão profundamente democrática transformou o Ministério da Justiça no que ele chamava de Ministério da Cidadania”, escreveu Lula no prefácio. Segundo ele, Thomaz Bastos deixou um legado que “continuará a inspirar gerações futuras na luta por um Brasil mais justo e igualitário”.
Os artigos da obra foram escritos por pessoas responsáveis pelas mudanças. Por exemplo, Paulo Lacerda, que foi diretor-geral da PF à época, conta sobre a reforma da corporação. Já Bottini e os também advogados Sérgio Renault e Beto Vasconcelos falam sobre as dificuldades para aprovar a reforma do Judiciário.
Um dos artigos, que discorre sobre o CNJ, foi escrito pelo ministro Luis Felipe Salomão, vice-presidente do Superior Tribunal de Justiça. Até poucos meses atrás, ele era corregedor nacional de Justiça.
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