Em meio a disputa política, Carrefour decide não comprar carne brasileira
21 de novembro de 2024, 13h53
Os protestos de agricultores na França contra a negociação de um acordo da União Europeia com o Mercosul levaram o CEO do Carrefour, Alexandre Bompard, a anunciar que a rede varejista não comprará mais carne de países sul-americanos.
Segundo o jornal O Globo, uma carta foi enviada à Federação Nacional dos Sindicatos de Agricultores da França (FN-SEA) informando a decisão, tomada em solidariedade ao mundo agrícola francês.
Nas redes sociais, Bompard ainda exortou que a medida protecionista seja replicada por outras empresas, ao citar “risco de inundação do mercado francês com carne que não atende a suas exigências e normas”.
Disputa maior que a carne
O tema do acordo da EU com o Mercosul permeou a reunião da Cúpula de Líderes do G20 no Brasil, que contou com a presença do presidente francês, Emmanuel Macron. Ainda segundo O Globo, a manifestação do CEO do Carrefour gerou reações imediatas.
O Ministério da Agricultura divulgou nota afirmando que o Brasil tem um rigoroso sistema de defesa da agropecuária, o que coloca o país no posto de maior exportador de carne bovina e aves do mundo, para cerca de 160 países.
A Associação Brasileira de Proteína Animal (ABPA) lamentou a declaração e afirmou que a argumentação tem fins protecionistas. E a ApexBrasil, responsável por promover as exportações do país, considerou lamentável a posição.
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