Presidente da Comissão Eleitoral da OAB-SP mira em abstenção menor no pleito deste ano
16 de novembro de 2024, 12h31
A eleição promovida no próximo dia 21 pela OAB-SP será a primeira da história da entidade no formato online e promete uma adesão sem precedentes da advocacia paulista.
Essa é a expectativa do presidente da Comissão Eleitoral da OAB-SP, Marcio Kayatt, que tem se dedicado em regime integral ao pleito desde que foi nomeado. Com mais de 34 anos de advocacia, Kayatt também atuou como juiz no Tribunal Regional Eleitoral de São Paulo.
Em entrevista à revista eletrônica Consultor Jurídico, Kayatt falou sobre os desafios que se apresentam na eleição da maior seccional da OAB do país, que conta com um colégio eleitoral composto por 320 mil profissionais que podem votar.
A última eleição da OAB-SP teve a participação de aproximadamente 50% do eleitorado. Para o pleito deste ano, o objetivo é que ao menos 80% dos advogados aptos a votar participem da escolha.
“A receptividade (da eleição online) tem sido muito boa. Eu te diria que a cada cem advogados, 99 são favoráveis. Eu ouvi apenas um advogado que reclamou comigo que não teria mais a oportunidade de encontrar os colegas no dia da eleição”, afirmou.
Kayatt lidera um grupo de 30 pessoas totalmente dedicadas à eleição. E trabalho é o que não falta. São 392 chapas inscritas, cuja conformidade com as regras eleitorais da OAB deve ser checada.
Além disso, a Comissão Eleitoral também é responsável por julgar pedidos de impugnações de chapas e publicações ofensivas nas redes sociais e outros veículos. “Eu acho que temos conseguido manter um bom nível. Uma disputa com o mínimo de cordialidade entre os candidatos”, afirma.
O tempo médio de resposta para cada solicitação das chapas que disputam o pleito é de 24 horas, mas alguns requerimentos costumam ser julgados ainda mais rápido, dependendo da gravidade.
“Eu me considero um afortunado de poder ter essa condição de presidir, de presenciar essa mudança histórica que está acontecendo em São Paulo. Vamos permitir que o advogado vote sem ter que sair do seu escritório, sem ter que sair da sua casa. Um profissional que eventualmente passou por uma cirurgia e está internado poderá votar. Isso é realmente leva a democracia para dentro da casa da advocacia.”
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