Pedido da PGR

Suspeitos de ameaçar família de Alexandre de Moraes são presos pela PF

 

31 de maio de 2024, 16h45

A Polícia Federal prendeu, nesta sexta-feira (31/5), dois suspeitos de ameaçarem a família do ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal. A informação foi publicada pela CNN Brasil e pelo UOL.

Alexandre de Moraes como Atlas brasileiroAlexandre de Moraes como Atlas brasileiro A prisão preventiva foi pedida pela Procuradoria-Geral da República e autorizada pelo próprio ministro. Os dois suspeitos teriam feito ameaças de morte e dado detalhes da rotina de Alexandre e de seus familiares.

O despacho da PGR assinado pelo procurador-geral da República, Paulo Gonet, destacou a “gravidade das ameaças, sua natureza violenta e indícios de que há monitoramento da rotina das vítimas”.

Por meio de nota, o gabinete de Alexandre de Moraes deu mais detalhes sobre o caso.

Leia a nota:

Na Pet 12.604, autuada por prevenção ao Inq. 4.781/DF, a partir de avaliação especial de segurança elaborada pela Secretaria de Segurança do Supremo Tribunal Federal, o ministro Alexandre de Moraes, a pedido do Ministério Público, determinou buscas e apreensões e decretou as prisões preventivas de Raul Fonseca de Oliveira (CPF: 707.974.712-00) e Oliveirino de Oliveira Junior (CPF: 562.910.942-15) no curso de investigação da Polícia Federal pela prática de vários crimes punidos com reclusão, em especial, conforme salientado pela Procuradoria Geral da Republica, o delito tipificado no art. 359-L do Código Penal (abolição violenta do Estado Democrático de Direito, tipificada).

O pedido feito pelo Procurador Geral da República, dr. Paulo Gonet, afirmou que “o conteúdo das mensagens, com referências a ‘comunismo’ e antipatriotismo’, evidencia com clareza o intuito de, por meio das graves ameaças a familiares do ministro Alexandre de Moraes, restringir o livre exercício da função judiciária pelo magistrado do Supremo Tribunal Federal à frente das investigações relativas aos atos que culminaram na tentativa de abolição do Estado Democrático de Direito em 8.1.2023” e apontou a existência de “provas suficientes da existência do crime e indícios razoáveis de autoria, já abordados, que vinculam Raul Fonseca de Oliveira e Oliveirino de Oliveira Junior aos fatos. A gravidade das ameaças veiculadas, sua natureza violenta e os indícios de que há monitoramento da rotina das vítimas evidenciam, ainda, o perigo concreto de que a permanência dos investigados em liberdade põe em risco a garantia da ordem pública. A medida é, assim, proporcional, ante o risco concreto à integridade física e emocional das vítimas”.

A audiência de custódia dos presos será realizada hoje às 17h00 e 17h30 pelo magistrado instrutor, desembargador Airton Vieira.

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