Evento em Lisboa discute impacto dos impostos sobre investimentos no Brasil e Europa

Enquanto os governos do mundo debatem os seus sistemas tributários diante das mudanças postas pela era digital, a competição pela atração de investimentos segue intensa e está no cerne do “Workshop Investimentos e Tributação”. Segundo evento da série “Transformações”, que o Fórum de Integração Brasil Europa (Fibe) estreou em maio, em Madrid, o evento reunirá importantes nomes do cenário mundial no Centro Cultural e Científico de Macau, em Lisboa, nos dias 24 e 25 de junho. 

Parlamentares e acadêmicos, principalmente do Brasil e de Portugal, estão confirmados no debate. Entre eles, Angelo Coronel (senador); Gilmar Mendes (ministro do Supremo Tribunal Federal); Joaquim Passarinho (deputado federal); Luiz de Mello (Organização para a Cooperação e Desenvolvimento Econômico); Misael Varella (deputado federal); Paulo Rios (ex-deputado da Assembleia da República); Renan Filho (ministro dos Transportes); Romero Jucá (ex-senador); João Ricardo Catarino (ISCSP); Vasco Guimarães (Instituto Universitário de Lisboa); Paulo Ayres Barreto (Universidade de São Paulo); e Edilberto Pontes (Instituto Rui Barbosa).  

“Por permitir que se conheça mais rápida e profundamente as condições disponíveis em diferentes regiões e países, permitindo comparar mais e melhor, bem como por tornar as decisões mais precisas, a era digital tem grande influência em tomadas de decisões importantes na matéria tributação e investimentos”, resume o economista e vice-presidente do Fibe, José Roberto Afonso.

O economista avalia ainda que os pilares das reformas acordadas na OCDE ainda seguem sendo construídos, “em particular, a criação de um imposto de renda mínimo sobre corporações multinacionais e com grandes negócios. Enquanto não se acorda isso, na Europa, sobretudo nas economias emergentes, o foco de investidores imobiliários muda para a inovação”.   

Com uma programação de 14 horas, o “Workshop Investimentos e Tributação” terá dois focos principais. Entre painéis e mesas redondas, o primeiro dia será dedicado aos indivíduos. O segundo será voltado para os negócios. A dinâmica será sempre a mesma: as discussões começam com uma abordagem dos aspetos conceituais e das experiências internacionais mais recentes; depois, será comentado o caso brasileiro.

“Nesse contexto, o Fibe atende aos seus objetivos de gerar e produzir conhecimento para integrar Brasil e Europa. Aqui, tendo como objetivo maior a decisão de investir, seja para pessoas morarem e trabalharem, sejam para negócios se estabelecerem, e tendo como proposta discutir como tal é afetado pelas condições tributárias, econômicas e financeiras”, afirma José Roberto Afonso.

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