Carla Zambelli tem de excluir vídeo com mentira sobre urna eletrônica
6 de outubro de 2022, 21h59
O ministro Paulo de Tarso Sanseverino, do Tribunal Superior Eleitoral, determinou que a deputada federal Carla Zambelli (PL-SP) remova das redes sociais YouTube, Twitter e Kwai um vídeo em que acusa o Partido dos Trabalhadores de usar sindicatos para fraudar urnas eletrônicas.
A decisão foi provocada por pedido do PT e dos demais partidos da Coligação Brasil da Esperança. "Esse conteúdo totalmente inverídico tenta induzir o usuário da internet a crer na ocorrência de fraude no processo eleitoral", diz trecho da petição.
Ao analisar o caso, o ministro deu razão ao PT. "Verifica-se que as publicações impugnadas transmitem desinformação e sugerem situações gravemente descontextualizadas, prejudiciais à integridade do próprio processo eleitoral e também à honra e à imagem do candidato do PT."
Segundo o ministro, o Tribunal Regional Eleitoral de São Paulo explicou que o cartório eleitoral de Itapeva usa o espaço do Sindicato dos Trabalhadores na Indústria da Construção, do Mobiliário, Cimento, Cal, Gesso e Montagem Industrial de Itapeva (Sinticom) para carregar e lacrar as urnas por falta de espaço — a entidade sindical fica ao lado do cartório.
Integrante da tropa de choque de Jair Bolsonaro, Zambelli já havia sido obrigada a remover das redes sociais publicações falsas sobre a jornalista Vera Magalhães, no mês passado. Na ocasião, a parlamentar afirmou em postagens que a profissional de imprensa "ri" e "debocha" de um abuso sexual sofrido pela ex-ministra Damares Alves.
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Processo 0601365-65.2022.6.00.0000
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