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Diplomacia ajuda TSE a vencer disputa por chips usados em urnas eletrônicas

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2 de fevereiro de 2022, 10h49

A escassez mundial de chips levou o Tribunal Superior Eleitoral a se envolver em uma batalha diplomática contra a indústria automobilística para garantir a compra das peças e a renovação de cerca de 300 mil urnas eletrônicas, usadas nas eleições brasileiras.

Nelson Jr./ASICS/TSE
Novas urnas eletrônicas serão entregues ao TSE no primeiro semestre de 2022
Nelson Jr./ASICS/TSE

A falta de semicondutores tem diversas causas, desde o aumento da demanda a partir da pandemia da Covid-19 até a guerra comercial entre Estados Unidos e China. Isso fez com que a Positivo Tecnologia tivesse dificuldades de adquirir essas peças.

A empresa venceu a licitação em julho de 2020 para produzir parte das urnas que serão usadas nas eleições de 2022. A previsão divulgada pelo TSE foi de cerca de 180 mil unidades ao preço de R$ 799,9 milhões — o qual poderia ser alterado pela disponibilidade orçamentária anual.

Em dezembro, a Positivo venceu outra licitação, desta vez para fabricar outras 176 mil urnas eletrônicas, que serão usadas a partir de 2024. Desta vez, o preço foi de R$ 1,1 bilhão, aceito pelo TSE já levando em conta o cenário de desabastecimento na cadeia produtiva mundial.

Informado desse cenário, o TSE deu início a um grande esforço diplomático para a obtenção do equipamento. "Foram meses de tensão e negociação, disputando com indústria automobilística que comprava todas as peças, em um esforço de convencer as empresas que não era uma questão econômica, mas institucional", explicou o ministro Luís Roberto Barroso.

Com o sucesso da missão diplomática, a expectativa é de receber 100 mil novas urnas ainda em fevereiro, e o restante até maio. Barroso agradeceu nominalmente diplomatas e o chefe da assessoria de assuntos internacionais, José Gilberto Scandiucci, pelos esforços empreendidos.

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