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Consultor Jurídico

Notícias da Justiça e do Direito nos jornais desta segunda-feira

11 de agosto de 2014, 10h35

Por Redação ConJur

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Milhares de consumidores pedem na Justiça indenização por danos morais contra serviços de pontuação (score) que estimam a probabilidade de inadimplência. A discussão está na pauta do Superior Tribunal de Justiça e será definida por meio de recurso repetitivo. Antes, porém, será feita uma audiência pública sobre o tema. Só no Rio Grande do Sul tramitam cerca de 36 mil processos sobre o tema, que foram sobrestados à espera de uma resposta do STJ. O caso a ser analisado é de um consumidor gaúcho que ganhou o direito de ser indenizado em primeira e segunda instância. Tramita junto com o repetitivo outro recurso proveniente do Rio Grande do Sul, apresentado pela Câmara de Dirigentes Lojistas (CDL) de Porto Alegre. A entidade tenta derrubar no STJ decisão do TJ-RS em ação coletiva de consumo, ajuizada pelo Ministério Público Estadual. A 5ª Câmara Cível suspendeu o sistema Cresdiscore e a condenou ao pagamento de danos morais coletivos no valor de R$ 250 mil. Ainda deverá indenizar em R$ 4,5 mil cada consumidor com processo na Justiça. As informações são do jornal Valor Econômico.


Mudança positiva
Presidentes de entidades de magistrados, advocacia e Ministério Público se mostraram otimistas com a gestão do ministro Ricardo Lewandowski no Supremo Tribunal Federal e no Conselho Nacional de Justiça. O Blog do Fred, do jornal Folha de S.Paulo, perguntou a onze presidentes sobre suas expectativas e o resultado foi amplamente favorável ao sucessor do ministro Joaquim Barbosa, apesar das manifestações de insatisfação recentes diante da possibilidade de uma maior ênfase no planejamento do Judiciário, pelo CNJ, com redução das atividades disciplinares do órgão de controle externo. Para o presidente do Instituto dos Advogados Brasileiros, Técio Lins e Silva, “os advogados têm excelentes motivos para comemorar os novos tempos de gestão democrática no Supremo, principalmente se levarmos em conta que o antecessor do ministro Ricardo Lewandowski na Presidência do STF não recebia os advogados, violando a Constituição Federal e agredindo o seu papel de magistrado”. De acordo com Técio Lins e Silva, “haverá mais respeito aos advogados, aos juízes e aos usuários da Justiça”.


Lacunas da internet
O Marco Civil da Internet, sancionado em abril, levou sete anos para deixar de ser uma mera ideia de “Constituição da internet” e entrar em vigor, mas não encerrou o assunto. Há duas leis importantes, segundo especialistas, para a regulamentação do uso de internet no Brasil, em debate há pelo menos quatro anos: a reforma da Lei de Direitos Autorais e o rascunho da Lei de Proteção de Dados Pessoais. “É como se o Brasil tivesse só a Constituição e não tivesse Código de Defesa do Consumidor ou Código Penal”, compara o jurista Paulo Rená. Apesar de contemporâneas entre si, as duas leis – que tiveram seu andamento preterido em função do destaque recebido pelo Marco Civil –, ainda são anteprojetos, ou seja, não possuem um texto definido e protocolado no Congresso Nacional. A proposta de reforma da Lei de Direitos Autorais está na Casa Civil desde o início do ano e a Lei de Proteção de Dados Pessoais foi enviada só em abril ao Ministério do Planejamento, de onde seguirá para análise da Casa Civil, o último estágio antes de se tornar um projeto de lei. As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.


Passagens aéreas
Representantes das agências de viagens pretendem recorrer de decisão judicial que permitiu ao governo federal lançar um programa de compras centralizadas e adquirir passagens diretamente das empresas aéreas. O Executivo argumenta que a iniciativa reduzirá os gastos do setor público. A Associação Brasileira de Agências de Viagens do Distrito Federal (Abav/DF) teve negado pedido de suspensão do programa. Para o presidente da Abav/DF, Carlos Vieira, no caso das passagens aéreas, não foram feitos estudos suficientes para demonstrar se haverá mesmo economia com a medida. Segundo ele, as agências não foram ouvidas. O chefe da Assessoria Especial para Modernização da Gestão do Ministério do Planejamento, Valter Correia, disse que as agências foram chamadas para reuniões no ano passado. Segundo ele, não há obrigação de que as passagens sejam adquiridas via agência, porque elas prestam um serviço de turismo e o governo tem interesse na passagem, e não nos pacotes. As informações são do jornal Valor Econômico.


Registro negado
Com base na Lei da Ficha Limpa, os juízes do Tribunal Regional Eleitoral de Santa Catarina julgaram, por maioria dos votos, procedente a impugnação apresentada pelo Ministério Público Eleitoral e indeferiram o pedido de registro do pré-candidato à reeleição para deputado estadual Gilmar Knaesel. O MP alegou que o candidato teve diversas condenações impostas pelo Tribunal de Contas do Estado (TCE-SC), referentes ao período em que foi secretário de Estado de Turismo, Cultura e Esportes. As informações são do portal Terra.


Baixo rendimento
Dois investidores de Belo Horizonte obtiveram na 34ª Vara Cível da capital uma decisão que suspende o pagamento do saldo devedor de um flat que apresentou rendimento real inferior ao indicado em material publicitário. O advogado Paulo Enver, que representa os investidores, afirma que no momento da aquisição do flat, em fevereiro, a propaganda informava um rendimento mínimo de 0,7%. No rodapé do material, porém, uma nota dizia que se tratava de uma expectativa e, no contrato, não havia garantia de rendimento. De acordo ele, porém, a publicidade indicava que metade do financiamento poderia ser paga com o rendimento. Na decisão de concessão da tutela, a juíza Maria Aparecida Consentino afirmou que a prova inequívoca e verossímil das alegações dos compradores estava demonstrada pelos documentos. De acordo com a magistrada, a exigibilidade da cobrança do saldo devedor poderia gerar prejuízos irreparáveis ao autor, "além daqueles que se vislumbra pela diminuição considerável do valor da rentabilidade proposta pela ré". As informações são do jornal Valor Econômico.


Eleições na Turquia
O premiê Recep Tayyip Erdogan saiu vencedor da primeira eleição presidencial direta da Turquia neste domingo (10/8), com 51,9% dos votos. O resultado permitirá que Erdogan comande o país por mais cinco anos. Ele é primeiro-ministro desde 2003, com três nomeações, e agora, se demitirá do cargo e nomeará um substituto antes de assumir a Presidência, em 10 de setembro. Foi a primeira vez em que os turcos realizaram uma eleição presidencial direta. Antes, a escolha cabia ao Parlamento. As informações são do jornal Folha de S.Paulo.


OPINIÃO
Justa contribuição
Em artigo publicado no jornal O Globo, Felipe Santa Cruz, presidente da OAB-RJ, e Luiz Gustavo Bichara, procurador tributário do Conselho Federal da OAB, comemoram a inclusão da advocacia no Simples Nacional. Dos mais de 800 mil advogados do Brasil, somente 40 mil estão efetivamente organizados em sociedades civis (escritórios). Assim, ao diminuir a carga tributária, o Simples Nacional possibilitará que milhares de advogados saiam da informalidade, auferindo as vantagens de se praticar a profissão de modo mais organizado e, principalmente, de participar do custeio da seguridade social, contribuindo para o país de forma justa. Para outra parcela relevante da advocacia, a novidade representará um alívio tributário, permitindo que se trabalhe com mais dignidade ao se arcar com carga tributária um pouco menos elevada”, afirmam, mostrando alguns dos benefícios da nova lei.


Terceirização do trabalho
Em artigo publicado no jornal O Estado de S. Paulo, o advogado e ex-ministro do Tribunal Superior do Trabalho Almir Pazzianotto Pinto defende a terceirização. “Ao contrário do que dizem os inimigos da terceirização, buscar maior produtividade, com redução de custos, não é imoral, antiético, pecado ou crime”, afirma. No texto ele faz uma análise das possíveis decisões que o Supremo Tribunal Federal pode tomar no processo que definirá os limites da terceirização. Para o articulista, “detrás da argumentação xiita contra a terceirização o que se esconde é o apetite ilimitado pela Contribuição Sindical que deixa de ser recebida pelas entidades sindicais representativas das categorias profissionais desfalcadas. Nada mais do que isso”.


Maioridade penal
Em editorial, o jornal O Globo defende alterações no Estatuto da Criança e do Adolescente, que completou 24 em julho, e a aprovação da redução da maioridade penal. “É preciso cobrar do jovem desviado da lei responsabilidade por seus atos, sem prejuízo, por parte do poder público, do aperfeiçoamento dos dispositivos e das políticas de recuperação social”, diz o texto. Para o jornal, o Estatuto da Criança e do Adolescente foi positivo ao proteger os menores, porém, serve “de anteparo a ações criminosas de jovens que o tomam como salvo-conduto para ingressar no mundo da bandidagem”. Na opnião do Globo, o assunto deve ser abordado pelos candidatos à presidência, que devem deixar claro qual sua posião.


A la carte
Em opinião publicada no jornal Folha de S.Paulo, o jornalista Ricardo Melo faz uma análise sobre a maneira com que são tratados os casos no Judiciário. Em seu texto afirma que a Justiça tem razões que só o dinheiro explica. Em seu artigo, Melo compara a situação dos dois homens que ficaram 45 dias presos por carregarem supostos artefatos explosivos durante uma manifestação — o laudo mostrou que não eram explosivos —, e a longa investigação que resultou em denúncia de um grupo de fiscais por fraude em impostoso da prefeitura de São Paulo.

*Texto alterado às 11h16 do dia 10/8 para acréscimos.

Notícias da Justiça e do Direito nos jornais desta segunda-feira

27 de setembro de 2010, 10h33

Por Redação ConJur

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O destaque das notícias desta segunda-feira (27/9) continua com a votação sobre a constitucionalidade da Lei da Ficha Limpa. Nesta quarta-feira (29/9), os ministros voltam a se reunir para discutir o desfecho do Recurso Extraordinário impetrado pela defesa do ex-governador Joaquim Roriz (PSC), relacionada à aplicação ou não da Lei da Ficha Limpa. A informação é do jornal Correio Braziliense.


Impasse criado
"O Supremo, como todo tribunal, sabe que não existe coluna do meio", adverte o juiz Walter Fanganiello Maierovitch, ex-desembargador do Tribunal de Justiça de São Paulo. "Quando ocorre um embate numa decisão, o tribunal tem de resolver." Frustrado com a indefinição dos ministros da mais alta corte judicial do país, Maierovitch clama por uma decisão sobra a Lei da Ficha Limpa antes das eleições de 3 de outubro. "Os ministros do Supremo parecem encastelados. Será que não têm sensibilidade?", indaga o juiz em entrevista ao jornal O Estado de S. Paulo.


Contrato no Amapá
A Justiça do Trabalho mandou o governo do Amapá pagar R$ 2,1 milhões à empresa de vigilância que é, segundo a Polícia Federal, pivô do esquema de corrupção que levou o governador Pedro Paulo Dias (PP) à prisão no último dia 10. Segundo o jornal Folha de S.Paulo, acusada de obter contratos com o governo em troca de propina, a Amapá Vip deverá usar o dinheiro, conforme determinou a Justiça, para quitar os salários de agosto de cerca de 1,1 mil vigilantes de escolas públicas.


Processos contra pedófilos
O Tribunal de Justiça do Rio de Janeiro abre, todos os meses, de 20 a 30 novos processos de pedofilia. O número é referente apenas aos casos ocorridos na capital e investigados pela Delegacia da Criança e Adolescente Vítima (Dcav). A estimativa é da promotora de Justiça Ana Lúcia Melo, autora das denúncias. Só na última semana, mais três casos vieram à tona e dois homens foram presos. A informação é do jornal O Globo.


Justificativa online
O jornal Correio Braziliense informa que o Tribunal Superior Eleitoral apresentou o preenchimento online e a impressão do Requerimento de Justificativa Eleitoral. Para acessar o documento, o eleitor deve entrar na página inicial do TSE, clicar no link Serviços ao Eleitor e depois em Justificativa Eleitoral. O tribunal ressalta, no entanto, que o eleitor só deve assiná-lo na presença de um mesário, no dia da votação, nos locais destinados ao seu recebimento, como noticia o jornal Correio Braziliense.


Imprensa censurada
Decisão de um desembargador do Tribunal Regional Eleitoral do Tocantins proibiu veículos de comunicação de publicar informações que relacionem o governador, Carlos Gaguim, candidato à reeleição, (PMDB) com um suposto esquema de fraudes a licitações, investigado pelo Ministério Público de São Paulo. Como informam os jornais Folha de S.Paulo, O Globo e O Estado de S. Paulo, a liminar dada pelo desembargador Liberato Póvoa na última sexta-feira (24/9) proíbe também que a imprensa relacione outros integrantes do atual governo com a investigação.


Perícia forense
Cada vez mais crucial nas investigações e julgamentos, a perícia forense será padronizada no Brasil, a exemplo do que acontece nos EUA e em países da Europa. A informação é do jornal Folha de S.Paulo. A pedido do Ministério da Justiça, o Inmetro está elaborando os parâmetros para certificação. Técnicos do instituto passaram por treinamento da polícia científica da Flórida.


Suborno policial
Segundo o jornal O Globo, a advogada Vanessa Silva Stoppa, da cidade de Batatais (SP), foi presa por corrupção ativa no Fórum de Ribeirão Preto, na última quinta-feira (23/9). Ela é acusada de, em ação movida pelo Ministério Público de Ribeirão Preto, tentar subornar um policial e um agente penitenciário para obter benefícios para seus clientes. As investigações apontam que ela se associou a uma facção criminosa.


Coluna
Caso Pimenta Neves
Dez anos depois da morte da jornalista Sandra Gomide, os pais dela, João e Leonilda Gomide, estão prestes a receber indenização de R$ 300 mil de Pimenta Neves, que a assassinou com dois tiros. A informação é da coluna Mônica Bergamo publicada na edição desta segunda da Folha de S.Paulo. Pimenta matou Sandra com dois tiros pelas costas no dia 20 de agosto de 2000 e foi condenado por um júri popular a 19 anos de prisão em maio de 2006, tendo depois a pena reduzida para 15 anos.