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Notícias da Justiça e do Direito nos jornais desta quarta-feira

13 de julho de 2016, 11h03

Por Redação ConJur

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A Receita Federal irá checar as informações financeiras de 50 fundos de investimento, dez bancos e 30 mil brasileiros que não moram no Brasil. O objetivo é investigar se entidades financeiras estão sendo usadas para concretizar planejamentos tributários considerados por ela como abusivos e agressivos. As informações são do Valor Econômico.


Delação negociada
Reportagem da Folha de S.Paulo aponta a existência de uma espécie de mercado de delações premiadas. O jornal teve acesso a um áudio de Alexandre Margotto, ex-sócio do corretor de valores Lúcio Bolonha Funaro. No material, anexado a um dos processos da "lava jato" no Supremo Tribunal Federal, o protagonista, acusado de ser operador do deputado afastado Eduardo Cunha (PMDB-RJ), pede dinheiro para não dar depoimentos contra Funaro. "Eu quero estar do lado do Lúcio e que ele não me desampare financeiramente nem juridicamente. Mas eu já quero cem pau agora, R$ 100 mil", diz.


Trump X Suprema Corte
O candidato republicano à presidência dos EUA Donald Trump é parte de mais uma confusão na corrida eleitoral do país. A inimiga da vez é a juíza Ruth Bader Ginsburg, da Suprema Corte do país, que chamou o milionário de "farsa com muito ego", além de dizer que ele fala o que lhe vem a cabeça. Como resposta, Trump disse que seu posicionamento é uma "desgraça" à Suprema Corte. As informações são da Folha de S.Paulo.


Dados abertos
O instituto Não Aceito Corrupção pretende publicar um banco de dados com os mais de 14 mil casos de condenações transitadas em julgado dos políticos fichas-sujas. As ações tratam de casos improbidade administrativa registrados, desde 2007, no Conselho Nacional de Justiça. As informações são da colunista Mônica Bergamo, da Folha de S.Paulo.


Repatriação em análise
O Estado de S. Paulo informa que alguns parlamentares querem alterar a lei de repatriação de recursos, porém, a Receita Federal seria contra por entender que essa pressão por mudança viria de escritórios de advocacia que representam clientes interessados em trazer seu dinheiro de volta ao Brasil, mas pagando menos imposto. Por outro lado, a equipe econômica do governo federal pretende detalhar melhor as regras da repatriação para diminuir as dúvidas crescentes sobre a lei.


Mordaça contra procuradores
A Associação Nacional dos Procuradores da República (ANPR) entregou nota técnica ao Senado afirmando que o projeto de lei 280/2016, que define os crimes de abuso de autoridade, ‘pretende punir a persecução penal, civil ou administrativa, sem justa causa fundamentada’. O PL foi elaborado pelo senador Romero Jucá (PMDB-RR), que foi flagrado em escutas telefônicas em suposta tentativa de barrar investigações contra ele. A divulgação dessa informação o levou a renunciar ao cargo de ministro do Planejamento do governo interino Michel Temer (PMDB-SP). As informações são de O Estado de S. Paulo.


339 crimes
O ex-presidente da Câmara dos Deputados Eduardo Cunha (PMDB-RJ) foi acusado de cometer 339 crimes pelo procurador-geral da República, Rodrigo Janot. As condutas constam em denúncia apresentada ao Supremo Tribunal Federal para que o parlamentar seja julgado por 18 atos de corrupção passiva e 321 de lavagem de dinheiro. As informações são de O Estado de S. Paulo.


Tribunal moral
Partidários da presidente afastada Dilma Rousseff (PT) farão um tribunal moral para julgar o impeachment da presidente. O julgamento ocorrerá nos dias 19 e 20 deste mês, no Oi Casagrande, no Rio de Janeiro, e o terá personalidades de EUA, México, França, Itália, Espanha e Costa Rica. O evento segue a mesma linha do Tribunal Russell, que julgou os crimes dos EUA durante a Guerra do Vietnã nos anos 1960. As informações são do colunista Ancelmo Gois, de O Globo.


Opinião
Excessos supostos e reais

Editorial da Folha de S.Paulo elogia o "êxito indiscutível" da operação "lava jato" e destaca que reações do Congresso ao avanço das investigações são esperadas. "A reação começa a tomar a forma de debates legislativos inspirados em excessos supostos e reais da Lava Jato e operações congêneres." Apesar de afirmar que os direitos constitucionais não podem ser suprimidos por uma "cruzada moralista", o jornal critica os argumentos de que prisões preventivas estão sendo usadas para obter delações premiadas. "Ainda que defensáveis pontualmente, todas essas iniciativas vão num mesmo sentido, o de diminuir a pressão sofrida pelos próprios políticos que as propõem. Trata-se do bastante, sem dúvida, para que se redobre a vigilância quanto a seu conteúdo."


Corporativismo da magistratura
Em editorial, O Estado de S. Paulo critica o presidente do Supremo Tribunal Federal e do Conselho Nacional de Justiça, ministro Ricardo Lewandowski, por ter mandado apreender um boneco inflável que fazia alusão a ele argumentando "grave ameaça à ordem pública" e por defender que magistrados não precisem divulgar os valores recebidos por palestrar em empresas. "O órgão decidiu baixar uma resolução sobre a matéria [palestras proferidas por magistrados], mas se deixou levar pelo corporativismo", diz o jornal.


Perigo iminente
O Globo diz em seu editorial que o fato de a votação do projeto que define os crimes de abuso de autoridade ter sido adiada para agosto não reduz o perigo da inciativa. "O perigo permanece, apenas foi adiado." Segundo o jornal, o projeto tem marcas nítidas de pessoas diretamente afetadas por uma eventual aprovação. "Essa operação, denunciada por procuradores e juízes, condiz com o clima de conspiração contra a lava jato".


Discurso fajuto
Os procuradores regionais da República Antonio Carlos Welter e Carlos Fernando dos Santos Lima afirmam, em artigo publicado por O Globo, que o projeto de lei que define os crimes de abuso de autoridade é um paradoxo absoluto. "Pretende-se transformar em lei a vontade do criminoso de prender quem o investiga." Os autores argumentam que o discurso da repressão do abuso de autoridade está sendo usado para calar investigadores e juízes e paralisar investigações de criminosos.

Notícias da Justiça e do Direito nos jornais desta quarta-feira

29 de agosto de 2012, 10h59

Por Redação ConJur

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O ministro Cezar Peluso vai proferir, nesta quarta-feira (29/8), seu último voto no plenário do Supremo Tribunal Federal. Segundo o jornal Folha de S.Paulo, ele limitará sua análise aos réus até agora julgados. Peluso, porém, mantém o suspense: "Amanhã vocês verão. Não estraguem a surpresa", disse a jornalistas na terça-feira. Leia mais na ConJur.


Compensação às concessionárias
Sem alarde, o governo federal deu início aos estudos de um complexo reequilíbrio econômico-financeiro para as atuais concessionárias de ferrovias, que irão abrir mão de trechos de malha que hoje administram em favor do novo modelo anunciado pelo Planalto no Programa de Investimentos em Logística. Em alguns casos, a compensação pode gerar cifras bilionárias. As informações são do jornal Valor Econômico.


Petrobras X Porto Seguro
Por unanimidade, o Superior Tribunal de Justiça se posicionou a favor da Petrobras e extinguiu processo contra a empresa. Estimado em cerca de R$ 30 bilhões, o processo foi movido pela Porto Seguro Imóveis na década de 1990, na época da privatização do setor petroquímico no país. As informações são do jornal Folha de S.Paulo.


Código Florestal
A falta de acordo entre a bancada ruralista e o governo travou a votação da Medida Provisória que altera o Código Florestal. O impasse coloca em risco a aprovação da medida, que perde validade no próximo dia 8 de outubro. As informações são do jornal Folha de S.Paulo.


Derrota no Chile
A MPX, empresa de energia do empresário Eike Batista, sofreu um revés na Justiça do Chile sobre um empreendimento de US$ 5 bilhões na região do Atacama. Cinco juízes da Corte Suprema decidiram por unanimidade paralisar as obras do Porto Castilla e da termoelétrica Central Castilla, e determinaram que sejam feitos novos estudos de impacto ambiental. As informações são do jornal O Estado de S. Paulo. Leia mais na ConJur.


Greve dos servidores
Servidores federais do Judiciário em São Paulo, em greve desde 8 de agosto, prometem para esta quarta-feira um "apagão" nos serviços, com portas fechadas nos tribunais, fóruns e cartórios eleitorais no estado. Segundo o sindicato que os representa, a paralisação vinha mantendo o limite legal de 30% do quadro, mas hoje as atividades serão suspensas na Justiça Federal, Trabalhista e Eleitoral. As informações são do jornal Folha de S.Paulo.


Chip em jaleco
O Tribunal Regional do Trabalho da 1ª Região emitiu uma decisão proibindo o uso de chip nos jalecos dos médicos, como vinha sendo adotado na UPA de Mesquitano Rio de Janeiro. O dispositivo havia sido implantado em julho e, segundo a Secretaria estadual de Saúde, um dos objetivos era monitorar a frequência e a permanência dos profissionais nos plantões. As informações são do jornal O Globo.


Carga rápida
A seccional paulista da Ordem dos Advogados do Brasil voltou ao Conselho Nacional de Justiça para questionar um novo provimento sobre a chamada "carga rápida". No início do mês, o órgão havia autorizado advogados e estagiários paulistas a consultar e tirar cópias de qualquer processo, mas, mesmo assim, a Corregedoria-Geral da Justiça do estado de São Paulo restringiu o acesso aos autos. As informações são do jornal Valor Econômico.


Apesar do alerta
Assassinado com 14 tiros na última quinta-feira (23/8) em Caraguatatuba, no litoral norte de São Paulo, o advogado Diego Luiz Berbare Bandeira avisou, em 19 de junho, durante uma reunião na Assembleia Legislativa na capital, que recebia ameaças de pessoas que se sentiam incomodadas com a sua atuação na Comissão de Direitos Humanos na Ordem dos Advogados do Brasil. Os alvos do defensor eram policiais civis e militares, e diretores de presídio. As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.


Acidente na Faixa de Gaza
Um Tribunal Civil de Haifa, em Israel, decidiu não responsabilizar o Estado israelense pela morte da estudante e ativista americana Rachel Corrie. Ela foi morta em 16 de março de 2003, atropelada por um buldôzer do Exército em missão de desocupação no sul da Faixa de Gaza. Em sua sentença, o juiz Oded Gershon referiu-se ao caso como um "lamentável acidente" e concluiu que não houve negligência por parte do condutor do trator. As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.