Ex-governador do Amazonas é preso por suspeita de desvios na saúde
21 de dezembro de 2017, 16h15
Oito meses depois de ter sido cassado, o ex-governador do Amazonas José Melo (Pros) foi preso pela Polícia Federal nesta quinta-feira (21/12). A decisão ainda não foi divulgada, mas o Ministério Público Federal afirma existirem “fortes indícios” de que ele tenha recebido propina e participado de desvios na área da saúde.
A Justiça Federal no Amazonas determinou a prisão cautelar e assinou mandados de busca e apreensão em sete imóveis residenciais e comerciais da região metropolitana de Manaus.
Segundo o MPF, a suspeita é de que foram desviados pelo menos R$ 50 milhões em recursos públicos por meio de contratos com organizações não-governamentais selecionadas para administrar estabelecimentos públicos de saúde no Amazonas.
A acusação usa como base relatório fornecido pelo Ministério da Fazenda sinalizando que a movimentação financeira do ex-governador era incompatível com sua renda. Além disso, nota técnica do Ministério da Transparência e Controladoria-Geral da União (CGU) concluiu que José Melo comprou um imóvel avaliado em cerca de R$ 7 milhões, além de ter reformado seu sítio.
O MPF afirma ainda que as investigações apontam que o ex-secretário estadual de Administração e irmão do ex-governador, Evandro Melo, atuou como uma espécie de intermediário entre José Melo e um médico e empresário. Evandro Melo foi preso no dia 13 de dezembro.
Melo deixou o governo do Amazonas em maio, depois que o Tribunal Superior Eleitoral concluiu que houve compra de votos em 2014, quando tentava a reeleição. Por maioria (5 a 2), o Plenário entendeu que um “conjunto robusto de circunstâncias” indica que Melo tinha, pelo menos, conhecimento de esquema praticado dentro do comitê de campanha. Com informações da Agência Brasil.
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