Toffoli, candidato ao STF, não passou em concurso para juiz
5 de junho de 2008, 16h25
No saco de maldades dos adversários da candidatura ao Supremo do advogado-geral da União José Antônio Dias Toffoli já tem pedrada preparada: o postulante ao cargo de ministro já disputou, por duas vezes, uma vaga de juiz de primeira instância em São Paulo.
Em 1994, fez o 165º Concurso de Ingresso à Magistratura, sem sucesso. Tentou de novo em 1995, no Concurso 166, e não passou. Nem na primeira fase.
União dos advogados
Santo de casa não faz milagre mesmo. As múltiplas entidades da advocacia pública estão em campanha contra o chefe. Decidiram boicotar o Congresso marcado pela Escola da AGU na semana que vem.
Os organizadores do boicote sugerem duas palestras para o evento: “Qual o melhor caminho para se tornar um ministro do STF?” e “O papel da AGU como formadora de mão de obra para o Judiciário”.
Para colar na parte interna do crachá, os advogados públicos estão distribuindo entre si um desenho de alguém prestes a engolir um sapo.
Repercussão geral
Teve advogado que quase perdeu a paciência. Os desembargadores do Órgão Especial do TJ fluminense, na segunda-feira, ficaram 40 minutos discutindo cores, tamanhos e desenhos da medalha criada para homenagear os colegas que se aposentam. Enquanto isso, mais de 50 pessoas, advogados na maioria, aguardavam o julgamento dos recursos.
O desembargador Bernardo Garcês resumiu a relevância da matéria numismática: “Mais um penduricalho sem mérito”.
Geografia sem privilégios
Na Câmara dos Deputados, para combater o foro privilegiado, o presidente da AMB, Mozart Valadares, na tentativa de mostrar a inviabilidade de um prefeito do interior ser julgado na capital do estado, deu como exemplo a amazônica cidade de Parintins, que, segundo ele, estaria a 1.800 quilômetros de Manaus.
Errou feio. A distância entre as duas cidades do Amazonas é de apenas 370 quilômetros, que podem ser cobertos em uma hora de avião. De barco são 18 horas, uma demora que não impede que milhares de manauaras façam a viagem todo ano para assistir à tradicional Festa do Boi de Parintins. Esse, sim, um privilégio que nenhum amazonense dispensa.
Pesque e Pague
Apesar de anunciar que tomaria “medidas judiciais”, a Secretaria Especial de Aqüicultura e Pesca — ou Ministério da Pesca — ainda não decidiu se irá processar Diogo Mainardi. O colunista revelou que a mulher de Olivério Medina, membro das Farc com asilo político no Brasil, conseguiu um salariozinho na pasta, enquanto o marido, preso em Brasília, esperava decisão do Supremo sobre sua extradição.
A decisão de processar o jornalista depende de parecer de Antônio Freitas, assessor jurídico do ministério.
Fazendo água
Depois que o Cansei morreu na praia, a seccional paulista da OAB lança a campanha Defesa das Águas.
Falou e disse
“Trabalhar com tecnologia dentro de um tribunal é como vender biquíni para esquimó”
Cláudio Augusto Pedrassi, juiz assessor da presidência do Tribunal de Justiça de São Paulo.
Faz e acontece
Aposenta-se, por completar 70 anos, o ministro José Delgado, do Superior Tribunal de Justiça. Jurisprudencialista, Delgado é tido como defensor intransigente da segurança jurídica. Dia 7 de junho, em Brasília.
Encerrado o mandato do procurador da República Mario Luiz Bonsaglia à frente da Procuradoria Regional Eleitoral de São Paulo, depois de quatro anos de trabalho em questões eleitorais. No período, a PRE-SP movimentou 19.095 processos. Dia 4 de junho, em São Paulo.
Homenageado o professor de Direito do Trabalho da Faculdade de Direito do Mackenzie Nelson Mannrich. Ele completou 30 anos de magistério naquela universidade. Dia 1º de junho, em São Paulo.
Programado o lançamento do livro Ele, Maluf, Trajetória da Audácia, produto de uma entrevista do deputado federal ao jornalista Tão Gomes Pinto. O livro promete revelações inéditas de bastidores da vida de um dos mais polêmicos políticos do Brasil. Dia 16 de Junho, em São Paulo.
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